Modéstia à parte, eu avisei. Quando os avistei, pela primeira vez, no mesmo palco onde ontem os voltei a reencontrar, fiquei com a clara sensação, que aqueles jovens adolescentes, poderiam tornar-se em algo de sério na música pop deste país. Pois bem, ainda não são um caso sério, mas para lá caminham, de uma forma consistente e madura.
Ontem, no tal palco onde tudo começou (Santiago Alquimista), Os Capitães da Areia deram um verdadeiro concerto. Uma coisa a sério, mesmo quando os imprevistos aconteceram. A evolução está bem patente, para quem como eu, os tem acompanhado desde início. A título de exemplo, pela primeira vez, observei Capitão Pedro a cantar sem esforço. Isto é, em ocasiões anteriores, ficava com a sensação que poderia haver um banho de sangue em palco, pois as cordas vocais do rapaz davam a assustadora ideia, que poderiam rebentar a qualquer momento. Ontem a coisa foi bem diferente. O frontman d'Os Capitães não só cantou sem esforço como, ao mesmo tempo, conseguiu manter a sua postura em palco, que já é quase uma imagem de marca. Uma estranha mistura de Jarvis Cocker com Liam Gallagher, com calças azuis e t-shirt dentro das mesmas.
O resto da banda também amadureceu. Com um novo Capitão nas teclas, a banda está cada vez mais coesa e descontraída. Mesmo quando no início do concerto, o Capitão Tiago ficou sem uma corda da sua guitarra, a banda soube ultrapassar bem a situação, fazendo uma actuação exemplar, que surpreendeu e aqueceu, o muito bem composto, Santiago Alquimista.
Enfim... Eu sou suspeito. Sei bem que sou. Mas com canções como O Nascimento de Tróia ou Senhora das Indecisões, contínuo com a mesma convicção, que Os Capitães da Areia são (e peço perdão por me repetir) o futuro da pop feita em português. Este ano será o começo desse mesmo futuro.
domingo, 30 de janeiro de 2011
domingo, 23 de janeiro de 2011
Em Branco
Sim. Refiro-me ao meu voto de hoje. Uma campanha triste, com candidatos tristes (apesar de um ser Alegre...), é o que merece, no mínimo. Aliás, dar-me ao trabalho de ir votar, já é de si discutível e apesar de achar o voto um "bem" demasiado precioso, que foi conquistado pela luta de alguns (não tantos e não só, por aqueles que, normalmente, se auto-denominam "donos" da revolução de Abril...), tenho que aceitar que esta pobreza de ideias, é um convite enorme a ficar em casa, com os pés quentes e debaixo de um cobertor. A outra possibilidade, bem mais cómica, era a de votar no candidato Coelho. E não foram poucos, parece-me...
Muito mau. Foi uma campanha baseada em ataques pessoais, onde as questões principais foram aquelas que pôem em causa a honra de certos candidatos e onde ninguém conseguiu memorizar uma ideia forte de um candidato em relação ao país. Não ponho em causa que essas questões de honra e de lísura são relevantes e que devem ser esclarecidas (sim, sr. Presidente Cavaco, por mais que custe, deve esclarecer...). Mas caramba, não haverá outros temas, bem mais relevantes, para serem discutidos? Num momento de crise, como aquele em que vivemos, não há uma ideia relevante para o nosso futuro? Tem que haver. E se não há, é porque esta gente que se candidata é fraca e é completamente manipulada por interesses partidários (e outros..), limitando-se a passar quinze dias de campanha, a efectuar ataques pessoais ou a debitar banalidades, que todos já ouvimos, vezes sem conta.
E no meio deste "pantanal", não consigo dissociar os nossos jornalistas disto tudo. Não serão eles, certamente, os culpados pelos maus políticos que temos. De qualquer modo, não tendo responsabilidade na miséria política deste país, penso que estes têm a obrigação e o dever, de "estimular", positivamente, aqueles que se candidatam a cargos políticos ou públicos. Isto é, não se limitarem a acompanhar os candidatos nas famosas arruadas e comícios, mostrando somente as "gaffes" e os momentos rídiculos de cada um dos dias de campanha, mas também pondo questões pertinentes, a que nós, cidadãos (e clientes dos meios de comunicação social), queremos e temos o direito de ver respondidas. Ainda na última sexta-feira, mínutos antes de se iniciar o tal período de reflexão, Maria João Avilez, alertava para isto mesmo e eu estou plenamente de acordo.
Enfim, neste triste cenário, vazio de ideias, onde ninguém me agrada a 100%, recuso-me a votar no "menos mau" (apesar de achar que há um...). O respeito que (ainda) tenho pelo voto e por aqueles que o tornaram legítimo neste país, assim me obriga.
Muito mau. Foi uma campanha baseada em ataques pessoais, onde as questões principais foram aquelas que pôem em causa a honra de certos candidatos e onde ninguém conseguiu memorizar uma ideia forte de um candidato em relação ao país. Não ponho em causa que essas questões de honra e de lísura são relevantes e que devem ser esclarecidas (sim, sr. Presidente Cavaco, por mais que custe, deve esclarecer...). Mas caramba, não haverá outros temas, bem mais relevantes, para serem discutidos? Num momento de crise, como aquele em que vivemos, não há uma ideia relevante para o nosso futuro? Tem que haver. E se não há, é porque esta gente que se candidata é fraca e é completamente manipulada por interesses partidários (e outros..), limitando-se a passar quinze dias de campanha, a efectuar ataques pessoais ou a debitar banalidades, que todos já ouvimos, vezes sem conta.
E no meio deste "pantanal", não consigo dissociar os nossos jornalistas disto tudo. Não serão eles, certamente, os culpados pelos maus políticos que temos. De qualquer modo, não tendo responsabilidade na miséria política deste país, penso que estes têm a obrigação e o dever, de "estimular", positivamente, aqueles que se candidatam a cargos políticos ou públicos. Isto é, não se limitarem a acompanhar os candidatos nas famosas arruadas e comícios, mostrando somente as "gaffes" e os momentos rídiculos de cada um dos dias de campanha, mas também pondo questões pertinentes, a que nós, cidadãos (e clientes dos meios de comunicação social), queremos e temos o direito de ver respondidas. Ainda na última sexta-feira, mínutos antes de se iniciar o tal período de reflexão, Maria João Avilez, alertava para isto mesmo e eu estou plenamente de acordo.
Enfim, neste triste cenário, vazio de ideias, onde ninguém me agrada a 100%, recuso-me a votar no "menos mau" (apesar de achar que há um...). O respeito que (ainda) tenho pelo voto e por aqueles que o tornaram legítimo neste país, assim me obriga.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Dia Fantástico De BTT A Sul
Acompanhado de dois amigos, Pedro e Zé, nem precisámos de ir para muito longe, para andármos em sítios bonitos. Foi durinho, custou (nomeadamente, depois de um mês, onde nenhum de nós pegou na bicicleta e em que os excessos das festas fizeram "estragos"...), mas tudo foi feito, com maior ou menor esforço. Ainda há pouco, em conversa com uma amiga, dizia que não me importava que todos os meus "cansaços", fossem provocados por motivos como os de hoje... E reafirmo.
Quero só fazer um agradecimento (ele merece) ao Zé, pelo excelente percurso que escolheu e agradecer a companhia dos meus dois amigos, que me acompanharam em 50 kms de puro BTT e diversão.
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