quinta-feira, 12 de abril de 2012

O polícia que escreve livros

Podia chamar-lhe "polícia cowboy", alcunha que lhe foi colocada por alguém muito mais insuspeito que eu, o sportinguista Daniel Oliveira. Eu, desde sempre, que lhe chamo "o polícia que escreve livros". Não dá tanto jeito para dizer e, muito menos, para escrever, mas foi sempre assim com que me referi ao senhor.

Não me esquecendo da sempre muito referenciada (e bem) presunção de inocência, não nego o sorriso malandro que fiz ao ouvir nas notícias que o senhor tinha sido constítuido arguido por uma alegada "armadilha" ao fiscal de linha Cardinal.

Não faço ideia se a coisa se confirma ou não. Aliás, nem sequer estou muito interessado no assunto. Não me diz respeito. Sei que nos próximos dias vão surgir as habituais teorias da "cabala" (algo me diz, que ainda vai sobrar para o Benfica...), vai falar-se que o fiscal de linha é o mesmo da final da Taça da Liga em que o Sporting foi derrotado pelo Benfica (um autêntico trauma no mundo lagarto. O que não deixa de ser curioso, quando passam a vida a desvalorizar esta mesma competição, que em duas finais consecutivas conseguiram perder...) e que tudo isto não passa de uma manobra para desestabilizar o Sporting numa altura em que desportivamente estão melhor, depois de alcançadas a final da Taça de Portugal, a meia-final da Liga Europa e, sobretudo, depois da vitória sobre o Benfica. Vão ser estas, certamente, as cenas dos próximos episódios, numa história que envolve o vice-presidente do "auto-proclamado" clube da verdade desportiva, da boa moral, da ética, blá, blá, blá...

O que sei e o que posso dizer, é que nunca gostei de polícias (ou de profissionais com responsabilidades semelhantes) que escrevem livros e depois se tornam em estrelas da televisão matinal. Cheira-me mal. O que sei, é que nunca gostei de gente na bola que fala para o adepto, recorrendo ao populismo básico. O que sei, é que não gosto de gente na bola que fala para os topos do estádio, recorrendo à demagogia e, sobretudo, "ateando fogos" (literalmente), desculpando os erros e os fracassos das administrações de que fazem parte. O que sei, é que o "polícia que escreve livros", a mim, nunca me enganou.

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