sábado, 23 de outubro de 2010

Agenda De Novembro


Esta é a minha agenda de espectáculos para o próximo mês.

Confesso que o próximo Novembro será, sem dúvida, o mês onde mais investi em espectáculos musicais, desde que começei a frequentar concertos. Pena é, que o mais aguardado de todos, por mim e por muita gente, ao que tudo indica, não se irá realizar... Em sua substituição, estou a pensar em The Walkmen. A ver vamos...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Doping: Muito Mais Que Batota

Gosto muito de ciclismo. A par do futebol é, sem dúvida, a minha modalidade favorita. Acompanho as diversas competições de estrada ou de BTT e, semanalmente, gosto de dar a minha voltinha, uma ou duas vezes, consoante a disponibilidade.

Mas o ciclismo está mal. Mais propriamente, a imagem da modalidade. A causa todos sabemos: o doping. Qualquer pessoa, nomeadamente, os que não têm uma ligação à modalidade, associam o ciclismo a fraude e à batota. Não é raro acontecer-me, estar a ver uma competição de ciclismo na televisão, e a meu lado estar alguém a fazer comentários do género "cambada de drogados" ou outros com igual intenção. Normalmente, costumo rebater esses comentários, explicando que o ciclismo é a modalidade mais controlada e que, em prejuízo da mesma, os casos são denunciados pelas entidades que o regulam, mesmo aqueles que envolvem as grandes figuras do ciclismo nacional e mundial. Mas convenhamos, que a minha luta (e a de outros) para defender a modalidade, é infrutífera, quando todos os dias surgem notícias de novos casos, alguns deles, envolvendo as figuras maiores dos ciclismo mundial.

Na minha opinião, penso que o problema do doping no ciclismo, tem como como principais culpados aqueles que se dopam, ou seja, os ciclistas. Contudo, e não querendo minimamente absolver os ciclistas que o praticam, a questão do doping, vai muito mais além, do que a simples e pura batota. Quem vive do ciclismo profissional, tal como noutra profissão (bem, em alguns casos não será bem assim...), precisa  de atingir objectivos e resultados. O ciclismo profissional vive de patrocínios e esses patrocinadores querem vitórias e a, consequente, visibilidade para as suas marcas. Se isso não suceder, o patrocínio acaba... A crise que vivemos, veio acentuar ainda mais esta questão, fazendo com que muitas equipas acabassem e, por consequência, muitos ciclistas ficassem sem colocação no pelotão profissional. Isto, obviamente, provoca que a competição para estar ao mais alto nível, seja ainda mais voraz, obrigando os ciclistas a estarem no seu melhor, mesmo quando não estão na realidade. E às vezes o melhor não chega... Ora, se um deles se "dopa" e obtém resultados, os outros, para atingirem esses mesmos resultados e, sobretudo, para ganharem a vida, caem na tentação de fazer o mesmo... E assim se forma um círculo vicioso. A própria forma como as competições decorrem, nomeadamente, a cada vez maior dureza das etapas (muitas vezes, para aumentar as audiências televisivas), são outras das causas do problema.

Claro que esta é uma forma muito redutora de abordar a questão. Muitas mais razões podem ser explicitadas. Mas o que quero dizer é, exactamente, que o problema é muito complexo e profundo. Diria que é uma mentalidade instalada no universo do ciclismo profissional, envolvendo ciclistas, directores desportivos e médicos (estes dois últimos, com tanta ou maior culpa que os próprios ciclistas), que é necessário abordar e entender, de forma a atacar o problema de frente.

Todos estes casos de doping "matam" verdadeiramente o ciclismo. Como poderão os adeptos acompanhar e acreditar numa prova de ciclismo, sabendo no final da mesma, que o vencedor estava "dopado"? Quais são os patrocinadores, que querem estar ligados a uma modalidade, que é percepcionada pelo público em geral, como uma modalidade de batoteiros e sem verdade desportiva? As respostas parecem-me óbvias...

Como adepto de ciclismo e como alguém que ainda acredita na modalidade, espero, sinceramente, que a questão fulcral deste problema, seja analisada e que, no futuro, a imagem do ciclismo mude para melhor. Caso contrário, o futuro será triste...

PS: Apesar de tudo, também existem situações em que as autoridades competentes e a própria comunicação social, devem ter algum cuidado na forma como as divulgam e informam. Refiro-me a casos em que, ao que parece, não houve de todo intenção por parte dos atletas em tomarem algo de ilícito.

Exemplos disso, são os casos de Mário e Rui Costa e da betetista Joana Barbosa, que ao ingerirem um suplemento legal e autorizado pela UCI, mas que se encontrava contaminado por uma substância proibida, tiveram controlos posítivos. Parece-me claro, se eu for ao supermercado comprar um produto e, de seguida, o ingerir, não poderei ser eu o culpado pelo facto, desse mesmo produto, estar contaminado com uma substância ilegal. Aliás, pelo que li, as próprias autoridades já confirmaram a contaminação do referido suplemento que, repito, era autorizado pelas mesmas, tendo já surgido mais controlos positivos, devido a esta mesma contaminação. Parece-me que nestes três casos, a inocência é óbvia.

O próprio caso de Contador, também suscita dúvidas. Independentemente, da intencionalidade ou não do ciclista espanhol em "dopar-se" ( e que deve, obviamente, ser avaliada), sinceramente, não me parece ,que uma substância detectada numa concentração de 0,00000000005 g/ml (ao que tudo indica, muito abaixo dos valores que podem afectar o rendimento físico) seja motivo para castigo.

Pede-se rigor mas, ao mesmo tempo, bom senso.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Liga Dos Campeões Em Coimbra

Não vou fazer relatos. Quero só partilhar e confessar que, depois de dezenas e dezenas de concertos, pela primeira vez na minha vida, eu assisti ao expoente máximo dos espectáculos musicais de estádio. Simplesmente, o topo.
O local onde não há lugar ao erro e a perfeição total é o objectivo. O local onde a grandiosidade e a imponência imperam. O local onde se juntam os ouvintes da Renascença, da RFM, da TSF e da Radar. O local onde estão presentes os telespectadores das manhãs da TVI e os fiéis da programação cultural da RTP2. O local onde a crise e as medidas de austeridade, deixam de ser importantes e gente, de todas as idades, se une em torno de um espectáculo monumental e de uma banda musical.
No dia 3 de Outubro, do ano da graça de 2010, eu vi tudo isto, pela primeira vez. E isto é, simplesmente, o lado fantástico da música pop.

sábado, 2 de outubro de 2010

Os Golpes Com "G" Grande

O local foi magnificamente escolhido. O Museu da Marioneta (Convento das Bernardas), foi o palco do concerto de apresentação do novo álbum d'Os Golpes. Num cenário que tem tudo a ver com o conceito que a banda transmite aos seus seguidores, Os Golpes deram um grande concerto.
Talvez eu seja suspeito, admito. Já o escrevi (e repito), que Os Golpes são, actualmente, a mais interessante das bandas rock de Portugal. Mas, cada vez que os vejo em palco, a sensação que fico é sempre positiva, reforçando ainda mais a ideia que tenho.
A banda tocou muitos dos temas do seu primeiro álbum, que foram recebidos com o entusiasmo do costume pelos seus fiéis e, cada vez mais numerosos, seguidores, como de resto se pôde comprovar no espaço do espectáculo, praticamente repleto.
Convidado especial d'Os Golpes, foi Rui Pregal da Cunha, vocalista dos grandes Heróis do Mar. E foi muito bonito o que se viu. Pregal da Cunha, interpretou com Os Golpes "Vá Lá Senhora", ao qual a banda retríbuiu com "Paixão, um dos clássicos maiores dos Heróis do Mar. O homem foi e ainda é, um "figurão" em palco. Trajado a rigor, Rui Pregal da Cunha, provocou o momento da noite.
Os Golpes não têm vergonha de ser portugueses. Os Golpes assumem, sem pudor, as suas influências estéticas e artísticas. Os Golpes valorizam as tradições e os símbolos do seu país (não confundir com nacionalismo "rasca"). Os Golpes fazem o "roque" mais português de Portugal.
Quando Rui Pregal da Cunha, apresentou a banda, mesmo antes do final do concerto, pareceu, de certa forma, uma passagem de testemunho. Que a brava dança d'Os Golpes prossiga...