Sobre ontem, também eu fui contra aquilo que se passou ali. Contudo, a Feromona ficará para sempre no cantinho do meu coração dedicado ao rock n' roll. Conheci-os em 2010. E nesse ano, foram o Porto, o Gerês, o rio Douro e o rio Homem. O recomeçar e a confirmação do fim. Acima de tudo, o definitivo e feliz "partir para outra". Acompanhei-os desde aí, tentando conhecer a Feromona "pré-2010" e mantendo-me actualizado com a Feromona pós esse ano. Ontem foi a sua última vez e um agradecimento sentido é a única coisa que me resta.
segunda-feira, 29 de julho de 2013
O fim da Feromona e de algo mais
Ontem, quando na parte final da celebração (sim, aquilo não foi bem um concerto...), Manuel Fúria disse que o final da Feromona, representava muito mais do que um fim de uma banda, falei para os meus botões que afinal não era só eu a ter esta sensação. Esta sensação, surgiu primeiro aquando do fim d'Os Golpes. Quando tomei conhecimento do fim da Feromona, foi como se fosse a confirmação de que uma era na história do rock n' roll cá do burgo, estaria a terminar. Uma era de pujança de duas editoras ( Amor Fúria e Flor Caveira), que nos trouxeram uma panóplia de gente nova, com respeito pelo passado, mas com vontade de dar futuro ao nosso rock e que trouxeram uma alma nova e renovada à música portuguesa. Óbvio que alguns ainda sobrevivem (Capitães da Areia, Os Pontos Negros, Samuel Úria, Manuel Fúria, entre outros), sendo certo e provável que alguns destes se mantenham e subam, definitivamente, à primeira divisão do nosso panorama musical. Contudo, o fim d'Os Golpes e agora da Feromona, é como se denunciasse o fim de um determinado espírito que invadiu Lisboa nos últimos anos e que me permitiu ver e participar no crescimento de muitas destas bandas.
quinta-feira, 11 de julho de 2013
A inesperada lucidez
"Na minha opinião, mesmo sabendo que do ponto de vista dos nossos partidos e das personagens que por lá gravitam, isto é quase impossível de ser posto em prática, o melhor para o país, neste momento e num período de transição até eleições, seria um governo de iniciativa presidencial. José Gomes Ferreira, já referiu hoje alguns possíveis nomes. Rui Rio, António Costa, Paulo Macedo, foram os mencionados. Certamente, que existem outros. Mas o país não pode parar e eu gostava que isto não ficasse igual à Grécia. Ficaria com uma boa impressão de Cavaco, se este tivesse a coragem de o propor, mesmo sabendo que a sua popularidade desceria ainda mais e mesmo que as hipóteses da ideia vingar serem mais do que remotas. Haja alguém com discernimento e responsabilidade."
Na semana passada, após a demissão de Gaspar e de Portas, escrevi, neste mesmo espaço, o que acima está transcrito. O que ontem foi sugerido por Cavaco, não é um governo de iniciativa presidencial (de todo), mas é algo que vai de encontro ao que escrevi, no sentido do consenso e da responsabilização de todos perante o cenário que enfrentamos. Nomeadamente, daqueles que assinaram o memorando e que têm a responsabilidade de o cumprir e de dar a cara por ele.
Há muito tempo que não concordava com o nosso Presidente da República. Ontem concordei e além disso, achei que a sua atitude revela um sentido de Estado e uma coragem, que eu há muito não via na política portuguesa. Cavaco surpreendeu tudo e todos e fez aquilo que está correcto e que é necessário numa situação de emergência como aquela que vivemos. Mesmo sabendo que voltaria a ser criticado e mesmo sabendo que a ideia, apesar de correcta, é de difícil concretização, não hesitou em fazer aquilo que está certo e aquilo que na óptica do nosso Presidente, o país precisa. "Teve-os no sítio" e isso, nos dias que correm e, nomeadamente, com os políticos com que hoje somos "prendados", é algo digno e merecedor de elogio.
Com dirigentes políticos decentes e num país onde a opinião pública não fosse envenenada com gente que comenta com segundas intenções, a proposta do Presidente da República, seria aceite normalmente. E Cavaco ontem explicou e bem porquê. Está tudo na comunicação do Presidente. Só não vê ou ouve quem não quer. Como cidadão, só espero que os nossos dirigentes políticos e os nossos partidos, sejam responsáveis e esqueçam, mais não seja, por um simples ano, os seus interesses e os interesses daqueles que gravitam à sua volta (os "macabros aparelhos"). E em relação a Cavaco, foi bom saber que ainda tenho um Presidente da República.
Na semana passada, após a demissão de Gaspar e de Portas, escrevi, neste mesmo espaço, o que acima está transcrito. O que ontem foi sugerido por Cavaco, não é um governo de iniciativa presidencial (de todo), mas é algo que vai de encontro ao que escrevi, no sentido do consenso e da responsabilização de todos perante o cenário que enfrentamos. Nomeadamente, daqueles que assinaram o memorando e que têm a responsabilidade de o cumprir e de dar a cara por ele.
Há muito tempo que não concordava com o nosso Presidente da República. Ontem concordei e além disso, achei que a sua atitude revela um sentido de Estado e uma coragem, que eu há muito não via na política portuguesa. Cavaco surpreendeu tudo e todos e fez aquilo que está correcto e que é necessário numa situação de emergência como aquela que vivemos. Mesmo sabendo que voltaria a ser criticado e mesmo sabendo que a ideia, apesar de correcta, é de difícil concretização, não hesitou em fazer aquilo que está certo e aquilo que na óptica do nosso Presidente, o país precisa. "Teve-os no sítio" e isso, nos dias que correm e, nomeadamente, com os políticos com que hoje somos "prendados", é algo digno e merecedor de elogio.
Com dirigentes políticos decentes e num país onde a opinião pública não fosse envenenada com gente que comenta com segundas intenções, a proposta do Presidente da República, seria aceite normalmente. E Cavaco ontem explicou e bem porquê. Está tudo na comunicação do Presidente. Só não vê ou ouve quem não quer. Como cidadão, só espero que os nossos dirigentes políticos e os nossos partidos, sejam responsáveis e esqueçam, mais não seja, por um simples ano, os seus interesses e os interesses daqueles que gravitam à sua volta (os "macabros aparelhos"). E em relação a Cavaco, foi bom saber que ainda tenho um Presidente da República.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Os coveiros da Pátria
Há quem esteja extremamente feliz com esta crise no governo. Até mesmo alguns que se dizem preocupados, estão contentes. O poder é uma guloseima potente e há sempre quem não lhe consiga resistir. Neste grupo dos "contentes", há gente que pouco informada ou iludida, pensa que tudo vai mudar com umas simples eleições. Depois existem aqueles, com mais responsabilidade, bem informados, alguns deles que sabem bem em que estado está o país (e em que estado vai ficar...) que, simplesmente, por meros interesses sectoriais, lobbys e clientelismo partidário ( o "guloso" aparelho do PS rejubila de novo), estão felicíssimos com tudo isto, como se um fracasso de um governo, não correspondesse a um fracasso do país. Este segundo grupo dos "contentes", é claramente o mais perigoso e o que não pretende o bem do seu país, mas, simplesmente, o seu bem pessoal e daqueles que com eles partilham sindicatos, partidos e outros lobbys obscuros que têm minado o nosso Estado e a democracia do mesmo.
E se pensavam que pelo que escrevi no parágrafo anterior iria excluir aqueles que, supostamente, estão "tristes", desenganem-se. É tudo igual. Os da oposição e os do governo. Tudo gente irresponsável, que põe interesses partidários à frente dos do país. Tudo gente que prefere o conflito com "segundas intenções", a um consenso que faça isto avançar e melhorar. O que aconteceu nos últimos dois dias, só vem comprovar isto. Mas poderíamos recuar no tempo e dar mais exemplos. Se for verdade que Passos Coelho não informou e discutiu com o seu parceiro de coligação o nome do substituto do Ministro das Finanças, é grave, ridículo e desleal. Contudo, para mim, sempre foi certo que Paulo Portas, com o aproximar de momentos eleitorais, iria roer a corda. Confirmou-se. A comunicação de Passos Coelho de ontem, não foi mais do que passar para Paulo Portas e para o CDS, o ónus desta crise no governo e do fim da coligação. Como se o fracasso da mesma, não passasse, igualmente, pelo comportamento de Passos Coelho. Como se isso fosse o mais importante para o país agora. Como se o tacticismo partidário fosse mais relevante que o futuro do país. Já o escrevi aqui e repito: desde os tempos em que o hediondo Sócrates chegou ao poder, estamos, mais do que nunca, entregues à bicharada e a um bando de irresponsáveis.
Na minha opinião, mesmo sabendo que do ponto de vista dos nossos partidos e das personagens que por lá gravitam, isto é quase impossível de ser posto em prática, o melhor para o país, neste momento e num período de transição até eleições, seria um governo de iniciativa presidencial. José Gomes Ferreira, já referiu hoje alguns possíveis nomes. Rui Rio, António Costa, Paulo Macedo, foram os mencionados. Certamente, que existem outros. Mas o país não pode parar e eu gostava que isto não ficasse igual à Grécia. Ficaria com uma boa impressão de Cavaco, se este tivesse a coragem de o propor, mesmo sabendo que a sua popularidade desceria ainda mais e mesmo que as hipóteses da ideia vingar serem mais do que remotas. Haja alguém com discernimento e responsabilidade. Só um bocadinho... E acreditem, o maior problema do país, são os actuais aparelhos partidários e a forma como os mesmos funcionam. É o princípio de tudo. Os "tristes" e os "contentes" são os coveiros da Pátria.
E se pensavam que pelo que escrevi no parágrafo anterior iria excluir aqueles que, supostamente, estão "tristes", desenganem-se. É tudo igual. Os da oposição e os do governo. Tudo gente irresponsável, que põe interesses partidários à frente dos do país. Tudo gente que prefere o conflito com "segundas intenções", a um consenso que faça isto avançar e melhorar. O que aconteceu nos últimos dois dias, só vem comprovar isto. Mas poderíamos recuar no tempo e dar mais exemplos. Se for verdade que Passos Coelho não informou e discutiu com o seu parceiro de coligação o nome do substituto do Ministro das Finanças, é grave, ridículo e desleal. Contudo, para mim, sempre foi certo que Paulo Portas, com o aproximar de momentos eleitorais, iria roer a corda. Confirmou-se. A comunicação de Passos Coelho de ontem, não foi mais do que passar para Paulo Portas e para o CDS, o ónus desta crise no governo e do fim da coligação. Como se o fracasso da mesma, não passasse, igualmente, pelo comportamento de Passos Coelho. Como se isso fosse o mais importante para o país agora. Como se o tacticismo partidário fosse mais relevante que o futuro do país. Já o escrevi aqui e repito: desde os tempos em que o hediondo Sócrates chegou ao poder, estamos, mais do que nunca, entregues à bicharada e a um bando de irresponsáveis.
Na minha opinião, mesmo sabendo que do ponto de vista dos nossos partidos e das personagens que por lá gravitam, isto é quase impossível de ser posto em prática, o melhor para o país, neste momento e num período de transição até eleições, seria um governo de iniciativa presidencial. José Gomes Ferreira, já referiu hoje alguns possíveis nomes. Rui Rio, António Costa, Paulo Macedo, foram os mencionados. Certamente, que existem outros. Mas o país não pode parar e eu gostava que isto não ficasse igual à Grécia. Ficaria com uma boa impressão de Cavaco, se este tivesse a coragem de o propor, mesmo sabendo que a sua popularidade desceria ainda mais e mesmo que as hipóteses da ideia vingar serem mais do que remotas. Haja alguém com discernimento e responsabilidade. Só um bocadinho... E acreditem, o maior problema do país, são os actuais aparelhos partidários e a forma como os mesmos funcionam. É o princípio de tudo. Os "tristes" e os "contentes" são os coveiros da Pátria.
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