segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Anormais

Num país normal, quem ocultasse dívida pública, não iria a votos. Num país normal, o Presidente da República faria tudo o que estivesse ao seu alcance (mesmo que pouco ou nada possa fazer), para que tal não acontecesse. Num país normal o Primeiro-Ministro, seria ainda mais veemente nas críticas a quem oculta dívida pública.

Num país normal o PSD nacional, faria tudo o que fosse possivel (e eu não faço ideia o que poderia fazer) para que o senhor que ontem ganhou as eleições na Madeira, não fosse a votos com as cores do seu partido. Num país normal, o PSD que, por acaso, é um dos partidos da coligação governamental, teria, no mínimo, criticado de forma muito dura, a actuação do Governo Regional (Passos Coelhos, na minha opinião, foi só um "bocadinho" duro). Num país normal, o PSD nacional, não teria feito um discurso de vitória na noite de ontem (mesmo que a mesma tenha sido recebida, segundo os próprios, de uma forma "humilde"). Num país normal, seria assim que os partidos ganhariam credibilidade para governar e pedir sacríficios. Ontem foi desperdiçada uma grande oportunidade...

Num país normal, não seriam permitidas constantes irregularidades nos vários processos eleitorais de uma determinada região autónoma do país, ao longo de décadas. Num país normal, um processo eleitoral, com cerca de trinta queixas de irregularidades (e, ao que parece, até foi o ano em que houve menos...), não seria validado. Num país normal, o Presidente do Governo Regional da Madeira, não diria que se está nas tintas para a Comissão Nacional de Eleições, com uma impunidade total.

Mas, acima de tudo, num país dito normal, o povo teria derrotado nas urnas, quem o enganou, endividou e hipotecou o seu futuro.

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