quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

III Passeio BTT - Mosqueirões 2010



Já vem um pouco atrasado. Mas como mais vale tarde do que nunca..

No passado dia 5 de Dezembro, no concelho de Grândola, mais concretamente no lugar de Mosqueirões, realizou-se pelo terceiro ano consecutivo, um passeio de BTT, em que alguns amigos e familiares se juntam para um agradável passeio, por alguns dos lugares mais inóspitos do concelho de Grândola (que já é uma das "catedrais" do BTT no nosso país).

Este passeio que, como o própio nome indica, não tem qualquer intuito competitivo (apesar de haver sempre alguns "picanços"...), tem normalmente um grau de dificuldade médio baixo e uma quilometragem a rondar os 30 kms. Este ano não foi excepção, tendo sido percorridos 31 kms.

Devido a vários contratempos, o passeio foi efectuado alguns meses mais tarde do que o habitual. As condições climatéricas não estavam nada fáceis nesse fim-de-semana. Além do frio, a chuva ameaçava a sério. Contudo (talvez para compensar os anteriores contratempos), S. Pedro foi amigo. Além de ter parado de chover no preciso momento em que começou o passeio, o frio que se fez sentir na madrugada anterior, deu lugar a uma temperatura bastante amena, o que acabou por facilitar a vida a alguns dos participantes, nomeadamente àquele que vos escreve...

Tal como noutros anos, a partida e a chegada estão situadas na localidade de Mosqueirões, mais concretamente na taberna deste típico local alentejano e que é uma das mais carismáticas tabernas do concelho de Grândola. Assim sendo, partimos de Mosqueirões em direcção a Outeiro do Lobo. Depois de alguns metros em alcatrão, ao entrármos em terra batida, verificou-se que o cenário não estava fácil. Obviamente, depois de uma noite de chuva intensa, a lama era bastante. Contudo, ninguém se atemorizou. Mesmo os menos habituados a estas coisas das bicicletas, avançaram sem medos e, em abono da verdade, esta dificuldade acabou por tornar-se num aliciante extra e mais um motivo de diversão durante o passeio. Muitas foram as vezes que os pneus das bicicletas bloqueavam na lama ou que os participantes tinham que passar no meio de verdadeiros lagos. Escusado será dizer, que todos experimentaram a sensação de ficar literalmente enterrados em lama ou com água pelos joelhos. Tudo isto, tornou o passeio mais engraçado, dando-lhe um pequeno "toque" de aventura, nomeadamente para os menos habituados ao BTT.

Chegados a Outeiro do Lobo e depois de um curto abastecimento, partiu-se em direcção a Abela (concelho de Santiago do Cacém). Aqui dava-se o momento mais duro do passeio (nada por aí além). Ao entrarmos nesta localidade e para voltarmos novamente à terra, teriam que se fazer alguns quilómetros em alcatrão, que coincidiam com uma subida, com alguma inclinação, de 2kms, sensivelmente. Depois de ultrapassada esta dificuldade e de todos termos agrupado novamente, voltámos à lama e ao cenário que atrás descrevi. Água com fartura, lama, equipamentos e caras sujas de terra... A partir daqui, entrávamos na fase de regresso a Mosqueirões, já com o almoço na mente. Depois de alguns quilómetros, alcançámos a interminável recta que nos leva de volta ao local da partida e que para alguns, é sempre o momento mais penoso do passeio. É daquelas rectas que parecem nunca mais ter fim, sempre em "subida lenta" e que estando colocada na fase final, onde as cabeças já estão mais focadas no almoço do que propriamente na bicicleta, torna-a num momento de alguma dificuldade.

A pouco e pouco (a "subida lenta" faz sempre alguns estragos...) todos fomos chegando a Mosqueirões. Bicicletas, equipamentos e corpos bem mais castanhos que no início, mas todos chegaram ao fim, prontos para o melhor da festa: o almoço.

Os tipícos miolos alentejanos, acompanhados com carne de porco (uma autêntica perdição), foram o prato principal de um animado repasto, onde a boa disposição de todos os participantes e dos respectivos acompanhantes, se fez sentir.

Para o final, estavam reservadas algumas singelas surpresas. Além da oferta de uma camisola a cada um dos ciclistas, houve um prémio bastante especial para um dos participantes. O senhor Leonel Rodrigues, proprietário da Taberna dos Mosqueirões, homem com mais de 70 anos, continua a dar azo à sua paixão pelas bicicletas, dando as suas voltinhas sempre que pode, sempre com a sua contagiante boa disposição. Assim sendo e para celebrar tudo isto, foi decidido fazer a oferta de um simbólico troféu ao Leonel, onde se podia ler "1ª Classificado - Categoria Veteranos".

Depois da foto de família, todos regressaram a casa (havia gente de Grândola, Lisboa e até de Torres Vedras). Ao que parece, todos sairam satisfeitos de Mosqueirões, tanto com o passeio, como com o delicioso almoço, como ainda e principalmente, com o excelente convívio que teve mais uma vez lugar por aquelas bandas. Todos prometeram voltar para o ano e tendo em conta a regularidade com que este convívio se tem vindo a efectuar, é bem possível que o mesmo se torne uma tradição. Assim seja.






terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A Justa Homenagem - AS 61



A 14 de Janeiro de 2011, realizar-se-á no Cinema São Jorge, uma justa e merecida homenagem ao radialista e divulgador musical, António Sérgio.

O cartaz é apelativo. Não são todas as noites, que podemos ver, no mesmo palco, tanta diversidade e qualidade. Moonspeel, Dead Combo, Linda Martini, Os Golpes, Peste & Sida e Xutos & Pontapés, são as bandas convocadas para este tributo ao, quiçá, mais importante divulgador de música pop-rock em Portugal.

Pessoalmente, o alvo da homenagem, seria motivo mais que suficiente, para estar presente no São Jorge. Mas o cartaz, juntando três das bandas que mais "tocam" o meu sensível coração rock n' roll (Peste & Sida, Os Golpes e os Xutos) e outras duas que há muito tempo ando para ver ao vivo (Dead Combo e Linda Martini), auguram para esta noite, uma das maiores jornadas musicais da minha vida.

O lugar já está garantido.

domingo, 19 de dezembro de 2010

MGMT - Opções...

Fui ver os MGMT ontem. Não fiquei deslumbrado mas gostei.

De qualquer modo (e daí talvez o motivo para a falta de deslumbramento), fico com a ideia, que os MGMT são daquelas bandas com um talento enorme para fazer grandes canções, mas que preferem (intencionalmente e genuinamente, acredito) seguir por um caminho menos óbvio e directo.

Do meu ponto de vista, acho que seria bem mais interessante que a banda assumisse, sem pudores, o tal talento para a autoria de canções grandiosas e deixasse de parte alguns exageros psicadélicos que, a meu ver, não são mais que pura "masturbação" musical (pior que um exagero psicadélico, só mesmo os solos de 10 minutos dos executantes de rock progressivo...).

Repito, que não ponho em causa a honestidade da banda e o óbvio direito a trilharem o caminho que bem entenderem. Mas como ouvinte que assume a opção clara por bandas de grandes canções e que se está "borrifando" para os preconceitos evidenciados por alguma da população dita indie, preferia que os MGMT assumissem o seu lado mais melódico e agradável ao ouvido (não confundir com música "descartável").

Perdoem-me aqueles que não concordam, mas quem tem canções como "Kids", "Electric Feel", "Brian Eno" ou "Congratulations", não deve ter vergonha de assumir, que é grande a fazer canções e eu, como ouvinte, tenho o direito de querer que elas apareçam com a maior frequência possível.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O Meu 2010 Musical

Vamos directos ao assunto.

- Canção Nacional Do Ano:
Os Golpes - "Vá Lá Senhora" ( que previsível eu sou...);

- Canção Internacional Do Ano:
Black Rebel Motorcycle Club - "Beat The Devil's Tattoo";

- Álbum Nacional Do Ano:
Feromona - Desoliúde;

- Álbum Internacional Do Ano:
The Drums - The Drums;

- Concerto Do Ano:
The National - SBSR (pondo de parte outras questões que não interessam para aqui, se começamos a gostar, a sério, de uma banda devido a um concerto, então esse tem q ser o concerto do ano).

Sei que não há consensos (e ainda bem) nestas questões e, provavelmente, se fizesse esta lista amanhã, talvez mudasse alguma coisa. De qualquer modo, penso que esta refecte bem, o que foi o melhor do meu ano, musicalmente falando.

Cheers!