Muito se tem falado e escrito sobre a licenciatura do Dr. Relvas. E sim, se ele tivesse vergonha na cara, o Dr. Relvas já se teria demitido (e nem sequer seria necessário o caso da licenciatura...).
A mim nunca me enganou. Já o tinha referido aqui, que a minha simpatia por este senhor é pouca ou nenhuma e é algo que já vem de trás, muito antes do Dr. Relvas estar no governo. Agora existem factos objectivos que confirmam a minha opinião, mas antes desses factos existirem, aquele "vozinha" cínica, aquele sorriso de "artista" e o percurso típico de "menino do aparelho", já me denunciavam que o Dr. Relvas era rapaz que não fazia falta nenhuma à vida pública e política do país.
Devido à questão da licenciatura do Dr. Relvas, surgiram logo inevitáveis comparações à licenciatura de outro "artista", o Eng. José Sócrates. Se um licenciou-se num ano, o outro licenciou-se fazendo exames ao Domingo. Os que defendem o Dr. Relvas e que defendem que tudo isto é uma cabala contra este, dizem que aqueles que agora o acusam, não tiveram a mesma atitude quando as dúvidas eram sobre a licenciatura do Eng. José Sócrates. Os defensores do Eng. José Sócrates que, também eles, defenderam que houve uma cabala contra este, dizem agora que aqueles que punham em causa a licenciatura "dominical" do Eng. Sócrates, não estão a ser coerentes quando agora se fala da licenciatura à "velocidade do som" do Dr. Relvas.
Pois bem. Para mim, é muito simples. Acho uma perca de tempo enorme debater quem é o menos mau ou quem foram ou são os menos ou mais coerentes na sua defesa ou acusação. É tudo "farinha do mesmo saco". "Farinha" dos aparelhos partidários, responsáveis maiores pelo estado a que este país chegou. Gente que passou a juventude na "carneirada" que são as "jotas" dos vários partidos e que um dia para terem um "canudo" de forma a justificar futuras colocações no aparelho do Estado, quiseram tirar um curso e como gente de bons conhecimentos que são, conseguiram-no e com facilidades e condições que, acredito, poucos alunos neste país tiveram.
Sinceramente, nesta história, só lamento o embaraço e a preocupação legítima que os actuais e antigos alunos da Lusófona estão a ter com algo que, não tendo eles culpa nenhuma, poderá dificultar a sua vida futura. Não será necessário ser "bruxo", para perceber que, nos próximos tempos, uma licenciatura na Lusófona, mesmo que tenha sido conseguida com todo o mérito e que a mesma tenha sido avaliada de uma forma justa e exigente, terá sempre o "carimbo" Relvas e será sempre posto em causa a forma e o rigor com que a mesma foi conseguida.
Quanto á comparações, não percam tempo. Eles são iguais. Eles e outros que por aí andam. Sim, há muitos mais...
Sem comentários:
Enviar um comentário