É só mais um desabafo sobre o post anterior. Peço desculpa pela insistência e talvez esteja a dar demasiada importância a isto. Admito que sim. De qualquer modo, vou desabafar e como quem manda aqui sou eu (e em abono da verdade são poucos os que passam "cartão" ao que eu digo, portanto...), cá vai.
Queria só dizer que está provado que fazer figura de parvo, compensa. Não interessa ser bom numa determinada área ou actividade. Não interessa ser bom político, engenheiro, arquitecto, carpinteiro, jogador de futebol, etc. Interessa é ser parvo ou fazer passar-se como tal. Que interessa ter sido o melhor português da década de 80 e início de 90? Que interessa ter sido um dos melhores jogadores europeus da sua geração? Que interessa ter sido a grande figura futebolistíca e desportiva portuguesa, durante uma série de anos? Nada! O que está a dar é ser parvo. Ora então vamos lá fazer uma conferência de imprensa cómica e parva... Está feito!
Nunca como agora, Futre teve tanto destaque nos media portugueses. É na SIC, é na TVI, são os jornais, etc. Tudo a tentar perceber a ideia do chinês e dos charters e depois, lá pelo meio (mal parecia que não o fizessem...), lá tentam lembrar ao povo esquecido, quem foi Paulo Futre. Até para um anúncio a uma conhecida marca de bebida alcóolica o homem foi convidado... Fantástico!
Da minha parte, nada contra. Aliás, eu, no lugar dele, aproveitaria bem este momento para facturar. O que me faz confusão e tristeza, é um gajo que é das maiores figuras do desporto em Portugal ter que fazer figura de parvo, para ser reconhecido. Um homem que em Espanha não passa despercebido, que é colunista do maior diário desportivo espanhol, que é "só" a maior figura do Atlético Madrid e que em Portugal ninguém se lembrava dele, teve que fazer uma figura rídicula, para ter destaque no seu país.
Talvez eu esteja a pedir demais. Um país que tem políticos que não se entendem, quando o Estado está a beira da falência. Um país que dá tempo de antena (e não só.... o que torna tudo mais grave), a gente como José Socrates, Pedro Silva Pereira ou Miguel Relvas (candidato ao prémio "Voz Mais Cínica Da Política Portuguesa), talvez não possa fazer muito mais. Talvez o que dê mesmo, é ser parvo. Vamos todos ser parvos então...